Vendo posts com a tag cultura prisional |
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A identidade do preso e as leis do cárcere
Por Ana Gabriela Mendes Braga
Publicado em: 2008
O presente estudo analisa como as demandas institucionais e as regras do cárcere afetam e conformam o indivíduo preso. O processo de prisionização impliaca na absorção de valores, costumes e normas próprias da cultura prisional; a apropriação das regras, dos códigos de linguagem e dos conhecimentos desse gruop social específico traz impactos à identidade do preso.
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Crime e metamorfoses da construção da ordem nas prisões
Por Fernando Salla e Camila Nunes Dias
Publicado em: 2014
O presente paper procura aprofundar as reflexões acadêmicas sobre a construção da ordem nas prisões tendo como ponto de partida a experiência da formação e consolidação do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) no sistema prisional paulista
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Controle disciplinar e relações de poder nas prisões em São Paulo
Por Fernando Salla e Camila Nunes Dias
Publicado em: 2011
O artigo discute o momento e as formas por meios das quais o Primeiro Comando da Capital assume a hegemonia do controle das prisões no estado de São Paulo, abordando aspectos da "Disciplina de Comando" do PCC, que agrega conteúdos "morais‟, como o pertencimento dos indivíduos às mesmas categorias sociais (dominadas e exploradas), a irmandade dos presos no sofrimento, a solidariedade entre eles a partir do compartilhamento da experiência do encarceramento.
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Tortura em tempos de encarceramento em massa
Por Pastoral Carcerária Nacional
Publicado em: 2016
Para além de uma atualização do relatório da Pastoral Carcerária sobre a tortura publicado em 2010, neste documento buscou-se uma reestruturação de conceitos e práticas, com base na hipótese de que as inovações institucionais e legais realizadas nos últimos anos, e defendidas pela Pastoral Carcerária, alteraram, mas não contribuíram para a erradicação da tortura no sistema carcerário. Também optamos por analisar detidamente o papel das instituições do sistema de justiça neste contexto, especialmente observando criticamente as ações do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública.
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Políticas penitenciárias e as facções criminosas: uma análise do regime disciplinar diferenciado (RDD) e outras medidas de controles da população carcerária
Por Fernando Salla, Camila Nunes Dias, Giane Silvestre
Publicado em: 2012
O artigo discute as ações implementadas no sistema carcerário, em São Paulo, com vistas a coibir a atuação dos grupos organizados de presos, especialmente, o PCC. O predomínio de medidas administrativas de curtíssimo prazo – geralmente, como resposta a um evento de grande repercussão pública – reflete a ausência de planejamento de ações mais abrangentes neste setor. Discutem-se duas medidas administrativas: a dispersão das unidades prisionais pelo interior do Estado e a criação de unidades com regime de segurança e disciplina diferenciados – tanto dos regimes comuns como do RDD.
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O declínio do welfare state e a emergência do estado prisional
Por Erni J. Seibel
Publicado em: 2005
Pretende-se evidenciar que, assim como a passagem da forma da produção implicou no condicionamento de um novo perfil de trabalhador, físico e ideologicamente definido, a passagem recente da forma taylorista/fordista para a pós-fordista e neoliberal tem forjado um novo perfil de trabalhador. Este processo vem produzindo e exigindo um complexo arcabouço de arranjos ideológicos e institucionais de seletividade, exclusão e desqualificação dos antigos perfis dos trabalhadores e a afirmação de um novo.
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Novos e velhos desafios para as políticas de segurança pública no Brasil
Por Fernando Salla
Publicado em: 2003
O artigo discute os principais desafios para o Governo Federal na implementação de políticas para a área prisional. Analisa os antigos e novos problemas do setor e o perfil das ações governamentais. Discute em particular o aumento das mortes de presos por agressão e a atuação das facções criminosas nas prisões.
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Cronologia dos "ataques de 2006" e a nova configuração de poder nas prisões na última década
Por Sérgio Adorno e Camila Nunes Dias
Publicado em: 2016
O presente texto tem como objetivo reconstituir a cronologia dos “Ataques de 2006” a partir da sua divisão em quatro partes, correspondentes aos momentos em que eles ocorrem, e, em seguida, propor algumas reflexões sobre as mudanças sociais e políticas registradas nas prisões paulistas ao final deste período. O argumento central é que o evento que ficou nacionalmente conhecido como “Ataques do Primeiro Comando da Capital – PCC” não implicou ganhos para a organização e trouxe importantes prejuízos políticos para o governo estadual.
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A aberração carcerária à moda francesa
Por Loic Wacquant
Publicado em: 2016
Recurso automático ao confinamento para anular a desordem urbana é um remédio que quase sempre agrava o mal que se supõe curar. Ele reforça a marginalização econômica, a alienação social, o sentimento de injustiça, uma vez que as prisões afetam desproporcionadamente as categorias sociais culturalmente mais vulneráveis. Não é realista tratar a desrodem urbana com um instrumento tão grosseiro e ineficaz como a prisão, e é urgente reconectar a discussão sobre a delinqüência com a grande questão social deste século que esta discussão esconde: o surgimento de assalariados dessocializados, o vetor de insegurança social e deterioração material e mental dos indivíduos. Com uma análise da ebulição do sistema prisional francês desde 2001, este artigo mostra que o uso do encarceramento como um "aspirador social", a fim de livrar a sociedade da "resíduos" resultantes das transformações econômicas do neoliberalismo é, de fato, um despropósito.