Vendo posts com a tag Mulher encarcerada |
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Fragmentos de uma genealogia de mulheres no contexto prisional: um estudo de relatos sobre a experiência de aprisionamento
Por Jaqueline Carvalho Quadrado
Publicado em: 2014
Esta tese busca, por meio de uma genealogia, problematizar as relações entre as experiências prisionais e a constituição de processos de subjetivação, a partir, principalmente, de duas ferramentas de análise formuladas em estudos genealógicos de Foucault: o poder e o saber. O objetivo é compreender as experiências de aprisionamento das mulheres, buscando as estratégias de sobrevivência e resistências, inscritas no cotidiano, nas atividades, nos sentimentos, nas formas de controle e nas relações sociais construídas e vivenciadas por elas na prisão.
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Mulheres encarceradas por tráfico de drogas no Brasil: as diversas faces da violência contra a mulher
Por Katie Argüello e Mariel Muraro
Publicado em: 2015
Este artigo pretende discutir como a atual política criminal de “guerra às drogas” empreendida no Brasil intensifica as diversas formas de violência a que a mulher está submetida em uma sociedade profundamente desigual, utilizando a pesquisa bibliográfica teórica, análise de dados oficiais e de dados etnográficos coletados em pesquisa de campo realizada no Presídio Feminino de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba (Brasil), para fundamentar este trabalho.
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Prisioneiras de uma mesma história: o amor materno atrás das grades
Por Rosalice Lopes
Publicado em: 2004
O estudo enfoca o amor materno em mães presas na Penitenciária Feminina de Taubaté, no período de 2001 a 2003. A forma atual como essa instituição media os contatos entre as mães e seus filhos indica a presença de estereótipos e preconceitos e pode ser considerada como um obstáculo à manutenção da relação amorosa. O estudo aponta que se faz necessário mudanças, de modo a garantir o direito às mães de exercerem sua maternidade, e sugere alternativas para essa situação, tendo em vista, sobretudo, que a proximidade com os filhos é fator de saúde mental e estímulo no processo de reinserção social.
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Mulheres e tráfico de drogas: aprisionamento e criminologia feminista
Por Monica Ovinski de Camargo Cortina
Publicado em: 2015
O artigo examina o fenômeno das altas taxas do aprisionamento feminino no Brasil e sua relação ao crime de tráfico de drogas, sob a ótica da criminologia feminista e a da feminização da pobreza. O perfil das mulheres presas atende à seleção discriminatória do sistema penal. Os resultados apontam para a necessidade da implementação de políticas públicas específicas, pautadas para prevenir as situações de vulnerabilidade que têm orientado essas mulheres para o ingresso no tráfico de drogas, bem como oportunizar, àquelas que já estão nas prisões, alternativas de geração de trabalho e renda.
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Mães e crianças atrás das grades: em questão o princípio da dignidade da pessoa humana
Por Rosangela Peixoto Santa Rita
Publicado em: 2007
A dissertação realiza um resgate estrutural e histórico que caracteriza a prisão e a criminalidade feminina numa perspectiva crítica. Constrói a autora uma análise relacional-dialética que dá conta de confrontar organicamente os dois referenciais utilizados no estudo: um, conceitual, que resgata o princípio da dignidade da pessoa humana como categoria analítica fundamental dos direitos humanos; e outro, legal normativo, no qual são analisados os instrumentos que servem ao cumprimento e orientação das ações institucionais no interior da prisão, com base nos resultados da pesquisa empírica.
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Entre a soberania da lei e o chão da prisão: a maternidade encarcerada
Por Ana Gabriela Mendes Braga
Publicado em: 2016
A criminosa e a mãe ocupam lugares opostos no repertório de papéis designados às mulheres na nossa sociedade. A partir de cinco micronarrativas de mulheres encarceradas no brasil, pretende-se problematizar o exercício da maternidade na prisão e o lugar da “mãe criminosa” no sistema de justiça. As estórias aqui narradas são frutos da pesquisa “dar à luz na sombra”, que teve como objetivo identificar necessidades e entraves para o exercício dos direitos maternos de mulheres em situação de prisão. Para tanto, foi utilizada a pesquisa empírica de abordagem qualitativa, com combinação das técnicas de entrevistas, grupo focal, visita in loco, somadas à pesquisa legislativa e bibliográfica. Ao final, serão discutidas as estratégias, problemáticas e consequências que envolvem a defesa de direito das mulheres e a luta do movimento feminista em relação ao sistema de justiça criminal. Por fim, serão elencadas algumas pautas importantes de pesquisa para a continuidade do presente debate.
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A cadeia feminina de Franca sob a ótica da visita íntima
Por Ana Carolina de Morais Colombaroli e Ana Gabriela Mendes Braga
Publicado em: 2016
A visita íntima é permitida aos homens em situação de encarceramento há quase um século, enquanto, para as mulheres brasileiras, foi regulamentada pela primeira vez em 1999. Em grande parte dos estabelecimentos prisionais ela ainda não é permitida e, mesmo quando admitida pela administração penitenciária, vem carregada de burocracia e restrições. Tal fato apresenta-se como clara violação ao princípio da igualdade entre os sexos, proclamado pela Constituição, além de violar direitos fundamentais da mulher. Este estudo tem como objetivo fazer uma análise da mulher encarcerada sob o prisma da visita íntima, através da associação entre a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo, realizada na Cadeia Feminina de Franca – SP, objetivando delinear o referencial teórico daquele que é um direito inerente à dignidade da mulher encarcerada: a visita íntima.